Lideranças indígenas são homenageadas na quinta edição do projeto Gente que Inspira

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Evento fez parte da programação  do curso “Letramento em Diversidade: (re) pensando o Direito do Trabalho a partir dos Territórios”

Ministro Alberto Balazeiro, deputada Célia Xakriabá, ministro Lelio Bentes Corrêa, cacica Uruba Pataxó, ministro Cláudio Brandão

Em uma cerimônia marcante realizada nesta quinta-feira (25), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) prestou homenagem a quatro destacadas lideranças indígenas brasileiras como parte do projeto “Gente que Inspira“. Os homenageados foram o cacique Raoni Metuktire, Célia Xakriabá, Joenia Wapichana e a cacica Uruba Pataxó.

A iniciativa tem como propósito enaltecer a riqueza da diversidade cultural e humana, reconhecendo as trajetórias e a influência de indivíduos que contribuíram significativamente para a promoção de uma sociedade mais justa e igualitária.

A cerimônia, integrante da programação do curso “Letramento em Diversidade: (re) pensando o Direito do Trabalho a partir dos Territórios”, ressaltou o notável legado e a relevância das ações empreendidas por essas lideranças.

Na abertura do evento, o presidente do TST, ministro Lelio Bentes Corrêa, enfatizou que o propósito da iniciativa é valorizar a pluralidade cultural e a diversidade humana, homenageando personalidades indígenas que se destacam na luta pelos direitos dos povos originários do nosso país, na preservação do meio ambiente e dos direitos humanos.

Nossas vozes, nossos valores

Célia Xakriabá, hoje deputada federal, compartilhou um pouco de sua trajetória e enfatizou a importância da iniciativa. “Ser gente que inspira é inspirar coletivamente, porque nós chegamos para mulherizar, para ressignificar e fazer entender que nós somos o povo do cantar. Antes do Brasil da coroa, sempre existiu o Brasil do nosso cocar”.

Resistência e conquistas

Compartilhando as histórias de lutas que sua tribo enfrentou ao longo dos anos, Erilsa Braz dos Santos, conhecida na língua patxohã como Uruba Pataxó, explicou que tinha o sonho de ser cacica para poder defender seu povo, um sonho que conseguiu realizar, e que tem buscado diariamente justiça e conquistas para sua tribo.

Em sua fala, Uruba Pataxó destacou ainda a dificuldade de ser mulher indígena neste país e especialmente na Bahia. “Estou feliz! Tenho que agradecer a esta casa por reconhecer os direitos que são nossos. Direitos que conquistamos e não são negociados. Direito é conquistado, não negociado. Nós indígenas nunca vamos negociar nossas terras, nosso território”, finalizou.

O cacique Raoni Metuktire, líder indígena da etnia caiapó reconhecido mundialmente, e Joenia Batista de Carvalho, conhecida como Joênia Wapichana, primeira mulher indígena a presidir a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) não puderam comparecer à cerimônia.

(Flávia Félix/NP)